PROFESSOR DO PPGA GANHA PRÊMIO MAIS IDH DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Secretário Bira do Pindaré e o pesquisador Christoph Gehring conversam sobre a rizipiscicultura no Maranhão. Foto: Fellipe Neiva​

Incrementar a rizipiscicultura em uma região de clima tropical. Este é o principal desafio apresentado pelo pesquisador Christoph Gehring, do PrograProf. Christophma de Pós-Graduação em Agroecologia da Universidade Estadual do Maranhão (Uema).

O vencedor do Prêmio Mais IDH de Ciência e Tecnologia, concedido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), ministrou uma palestra sobre o combate à pobreza por meio do cultivo do arroz e do peixe. A apresentação aconteceu nesta terça-feira (20), no Auditório Luz, da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia no Maranhão.

O pesquisador reforçou que o Brasil é o nono maior produtor de arroz do mundo, tendo se tornado autossuficiente nos últimos dois anos. “A rizipiscicultura é uma invenção dos antigos chineses, que já tinham na época um problema de muita gente morando em pouca terra. É uma forma de produzir mais com menos. Essa combinação de arroz com peixe e o componente dos diques forma um sistema integrado que reduz os custos de investimento e gera renda para minifundiários”, explicou Gehring.

O secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, Bira do Pindaré, que acompanhou a apresentação, reforçou que o modelo é replicável e sugeriu que seja reproduzido nos municípios onde o Índice de Desenvolvimento Humano ainda é baixo.

“A indicação é levar essa cultura para a região da Baixada Maranhense e para locais com o menor IDH. A ciência e a tecnologia ajudam, de maneira decisiva, no combate à pobreza e na garantia da segurança alimentar. É por isso que é importante que a população se aproprie desse conhecimento e a realidade do Estado possa ser mudada”, disse.

Entre as vantagens da rizipiscicultura está a sombra e proteção fornecida pela plantação, que permite com que os peixes cresçam mais. Nas experiências exitosas feitas em comunidades à beira do Rio Mearim, foram desenvolvidas duas espécies.

Uma espécie é a tabatinga, resultado do cruzamento do tambaqui com o piratinga; a outra é o curimatá, que tem uma boa aceitação no mercado. Os dois não competem entre si.

“A experiência muito boa. Há o monitoramento dos animais e da planta e o desenvolvimento de tecnologias, além de dados que já comprovam os benefícios”, declarou o estudante Felipe Carlos Costa.

Simultaneamente, o analista da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Marcos Toledo, ministrou a palestra “ No escuro ninguém se alimenta”. No Auditório ‘Inovação’, o pesquisador falou sobre a ligação da Embrapa com o tema da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia – “Luz, Ciência e Vida”.

“A agricultura tem basicamente威而鋼
a função de pegar a luz, a energia do sol, produzir alimentos por meio das plantas e, consequentemente, dos animais também. Então, a agricultura e a agropecuária estão totalmente relacionadas com luz e com vida e para melhorar a produção de alimentos e a produção agrícola, entra a Ciência, que é o que a Embrapa faz”, pontuou Marcos Toledo.

 

 

 

 

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